quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Temporada 2012 - Balanço Final e Perspectivas Futuras




Bem, faltam poucos dias para mais um Superbowl! De longe, a partida mais aguardada da temporada. Este ano, San Francisco 49ers (campeão da NFC) e Baltimore Ravens (campeão da AFC) duelarão pelo Troféu Vince Lombardi, numa batalha que promete ser uma das mais equilibradas de todos os tempos...

Falando nos Ravens, não custa lembrar que seu QB Joe Flacco, em suas duas primeiras temporadas na NFL, venceu três dos quatro jogos de pós-temporada – todos fora de casa! Parece incrível, né?

Mas vamos analisar melhor esses números...

Nestes quatro jogos somados, Flacco acertou 37 dos 85 passes tentados, conquistando 471 jardas, com apenas 01 passe para TD, e sofreu 04 Interceptações. E mesmo em uma das vitórias, Joe acertou 04 de 10 passes tentados, conquistando 34 jardas, sem nenhum TD (e ainda levou 01 Interceptação) – num rating de apenas 10.0!


Eu fiz questão de levantar esses números, pois vejo críticas pesadas sobre a capacidade e o talento de Andy Dalton, que em seu segundo ano como profissional, levou a equipe de Cincinnati pelo segundo ano à pós-temporada. É bem verdade que a equipe também perdeu, pela segunda vez consecutiva, para o Houston Texans. Mas a culpa por essas derrotas não pode ser creditada exclusivamente na conta do QB Ruivo (assim como Flacco também não merece os “louros” pelas vitórias nos playoffs nas suas primeiras duas temporadas!).


Sinceramente? Ninguém sabe ao certo se Andy vai se transformar em um dos principais Quarterbacks da NFL. Mas é importante destacar que sua carreira teve um início excepcional – especialmente se você lembrar que ele herdou uma equipe arrasada, sem suas principais estrelas, após uma campanha de 04 vitórias e 12 derrotas...

Andrew Hawkins concorda comigo:

Eu acho que o Andy é um QB incrível! Ele vai continuar progredindo e melhorando, jogo após jogo, garantindo muitas conquistas e vitórias nos playoffs nos próximos anos!


Apesar de ser um torcedor fanático dos Bengals, no fundo eu sabia que a equipe estaria longe de ser considerada uma candidata ao título! Afinal, com um QB em sua segunda temporada; a maioria dos Receivers calouros (ou segundo-anistas); um Running Back experiente (experiente demais... quiçá “decadente”, após sua última temporada com os Patriots) e dois novatos como titulares na posição de Center e Right Guard; parecia claro que a linha ofensiva estaria “crua” demais para grandes pretensões!

Mas, apesar da notória inexperiência, os Bengals conquistaram 10 vitórias e 06 derrotas, alcançando os playoffs pela segunda vez consecutiva! Pode parecer pouco, mas não custa lembrar que isso não aconteceu nas últimas 30 (trinta) temporadas!

O polêmico Andrew Whitworth declarou:

Nosso objetivo era chegar mais longe e tínhamos potencial para isso, mas mesmo assim foi uma boa temporada. Para um time jovem, é uma grande realização alcançar os playoffs em duas temporadas consecutivas. E conforme o tempo passa, nossas promessas vão se tornando realidade, possibilitando alcançar nossos sonhos maiores...


E diferentemente do que aconteceu na temporada passada, ninguém pode acusar os Bengals de terem alcançado os playoffs simplesmente porque encararam uma tabela fácil... Nós derrotamos três equipes que terminaram com mais vitórias do que derrotas (Baltimore, Washington e NY Giants – último campeão do Superbowl); e conquistamos nossa vaga em confronto direto, fora de casa, contra o Pittsburgh Steelers!

Chris Crocker disse à imprensa:

No começo desta temporada, eu avisei aos novatos que não havíamos vencido nenhum dos grandes jogos de 2011. Por isso, era preciso trabalhar em dobro, pois a tabela seria bem mais complicada e a cobrança também aumentaria. Felizmente, conseguimos nosso primeiro objetivo: a classificação para os playoffs. E o fizemos derrubando a supremacia de Pittsburgh e Baltimore! Por isso, estou tão satisfeito de integrar essa equipe...


Rey Maualuga também está otimista:

Todo mundo está aprendendo e ganhando experiência. No ano passado, eu pensei que nós éramos bons, mas este ano, fomos ainda melhor! Com mais experiência e os reforços que chegarão no próximo ano, quem sabe o que esta equipe pode fazer? Para os nossos rivais, um aviso: Cuidado! Eu penso que Cincinnati vai dar trabalho a vocês...


A chave para o sucesso é continuar este trabalho!

Dalton sentiu a pressão e suas performances não foram as melhores nos últimos jogos. Ele precisa melhorar a leitura das defesas adversárias e lançar mais bolas longas, evitando a demora no passe (que resultou em tantos sacks).

BenJarvus Green-Ellis me surpreendeu, com seu fôlego de garoto e grande resistência. Mas não pode ser o único corredor da equipe – pois isto limita demais as opções de jogada de ataque terrestre (sem falar que ninguém agüenta jogar tanto e por tanto tempo!).


Jermaine Gresham precisa se tornar mais consistente e preciso em suas rotas, mas vêm mostrando um imenso potencial como Tight End. Mas assim como Green-Ellis, não pode virar o “único alvo”, pois o ataque de Cincinnati mostrou-se previsível...


Sobre a defesa, existem problemas óbvios (como os Linebackers e Safetys); mas não é possível criticá-la – já que foi a melhor da NFL durante a segunda metade da temporada! Precisamos de pequenos ajustes (e não de grandes mudanças!).

Em sua entrevista, é claro que Whitworth precisava dar uma provocada:

A verdade é que não existe uma grande equipe hoje em dia... Nós falhamos muito, mas existem muitas outras equipes falhando mais que a gente!

Esta segunda derrota consecutiva, em Houston, deixou um gosto amargo... mas não pode mudar a forma de trabalho que vem sendo implantado pelo treinador Marvin Lewis, desde a saída de Carson Palmer, Terrell Owens e Chad Ochoccinco...

Nas palavras de nosso treinador:

Nós temos que viver e aprender com a derrota, para continuar evoluindo até que haja uma vitória na pós-temporada. No próximo ano, nossa meta é alcançá-la. Para isso, será preciso nos esforçarmos mais. Os Bengals ainda serão uma equipe jovem, mas com a experiência de ter vivido bons e maus momentos. As expectativas também crescerão... e acredito que o céu será o limite em 2013!


E a construção deste trabalho, começa em abril – durante o Draft 2013!

Apesar de não figurarmos entre os primeiros times a escolher os novatos, as trocas (em especial a negociação de Palmer com os Raiders) nos renderam 03 escolhas dentre as primeiras 54 – o que deve nos render pelo menos 02 atletas “de impacto” (de preferência entre os Running Backs e os Outside Linebackers).

Segundo Brian Simmons (ex-coordenador de draft dos Bengals – uma espécie de “olheiro”), a posição de Cincinnati é interessante:

Para o próximo ano, não será possível draftar uma ‘grande promessa’; mas a equipe já demonstrou em 2012 que vários ‘bons jogadores’ podem fazer uma equipe ainda melhor do que aquelas centradas numa única estrela”.

Como exemplos, podemos citar o WR Mohamed Sanu (draftado na 3ª rodada de 2012), que anotou 04 TD’s em 03 jogos (antes de sofrer uma fratura no pé que lhe sacou do fim da temporada); e o CB Shaun Prater (também draftado na 3ª rodada), que impressionou a todos com sua boa leitura de jogo e velocidade na cobertura das jogadas adversárias.

Isto sem falar que a equipe contará (tomara) com a efetiva participação dos bons jogadores draftados este ano – como o CB Dre Kirkpatrick e o DT Devon Still; que jogaram muito pouco graças às lesões sofridas.


Para Rob Rang (especialista da CBSSports.com), os Bengals podem alcançar ótimos resultados no Draft de 2013, porque a maioria dos outros times precisam ocupar posições mais visadas – o que deve nos dar a chance de boas contratações:

Os Bengals não podem disputar a contratação de um jogador Top 10. Mas terão vantagem sobre os rivais, na luta pelos jogadores do Top 20, 30, 40, 50 e 60. Afinal, um jogador draftado na posição nº 35 é praticamente igual a outro draftado na 10ª posição. Por isso, acredito que Cincinnati fará outro bom draft este ano. Obviamente, a torcida ficou desapontada com as lesões de seus jogadores novatos. Mas é bom lembrar que eles estão acumulando bons jogadores para 2013. Eles já tem um bom QB. Eles têm o melhor recebedor da liga. Em todas as posições concorridas, eles tem pelo menos um bom nome. E em alguns casos, já apresentam duas ótimas opções – como o talentoso Sanu, garoto forte, com boas mãos e uma inteligência rara para achar rotas seguras”.

A única coisa que podemos afirmar é que os Bengals terão a chance de draftar pelo menos três bons jogadores – já que nas duas primeiras rodadas, terá as posições nº 21, 37 (mais uma vez: duplamente obrigado, Oakland!) e 54. Talvez optem por escolher um OLB, como Chase Thomas (de Stanford), Jamie Collins (Southern Mississippi) ou Khaseem Green (Rutgers). Mas também podem focar em bons corredores, para alternar jogadas com Green-Ellis. Os especialistas especulam os nomes de Kenjon Barner (Oregon), Jonathan Franklin (UCLA) ou Robbie Rouse (Fresno State).

Mike Mayock, analista da NFL Networks, garante:

Esta foi uma boa ‘safra’ de Linebackers. Eles realmente entenderam a sua postura em campo – seja jogando pelo meio ou pelas laterais; possibilitando grandes variações de esquemas de jogo. Mas eles [Bengals] realmente precisam melhorar as jogadas de ataque. E a boa notícia é que não será tão complicado encontrar bons Running Backs também. Seria bom renovar os contratos de alguns jogadores, como Thomas Howardredhabs e Rey Maualuga; mas se não for possível, pode-se encontrar sucessores a altura no próximo draft. O importante é que a comissão técnica permaneceu, e isso é um excelente começo”.

É claro que o cenário para 2013 é muito nebuloso... e até que a primeira bola oval singre os céus de Cincinnati, em agosto, muitas águas vão rolar! Mas é possível acreditar que a equipe de 2013 seja ainda melhor do que a de 2012 – e que Andy Dalton vá calar seus críticos, assumindo definitivamente seu posto no panteão dos QB’s históricos!

Afinal, se Joe Flacco está lá... em New Orleans... a um passo de conquistar o Superbowl... Por que não sonhar com o título do esquadrão bengali em 2013, hein?


domingo, 6 de janeiro de 2013

Pós-Temporada 2012 – Rodada Wild Card – Texans 19 x 13 Bengals





E o sonho... acabou!

Mais uma vez, havia uma pedra no meio do caminho... E essa pedra chama-se Houston Texans!

J.J. Watt foi um monstro na defesa deles... Arian Foster fez o que quis com a nossa defesa... e a equipe texana conseguiu eliminar os Bengals pelo segundo ano consecutivo...

Matt Schaub finalmente disputou seu primeiro jogo de pós-temporada; e foi decisivo no 3º Quarto, auxiliando Foster a correr por uma jarda e anotar o único touchdown de sua equipe, que venceu em casa o time de Cincinnati por 19 x 13 na noite de sábado...



Agora vem o grande teste: o Texans viajará para enfrentar o New England Patriots, no Gillete Stadium, em 13 de Janeiro de 2013 – lembrando que na Semana 14 desta temporada, as duas equipes já se enfrentaram, e Tom Brady comandou o atropelamento da equipe de Houston por 42 x 14!

Shayne Graham chutou quatro Field Goal’s para os texanos, enquanto Foster conquistou sozinho 140 jardas – tornando-se o primeiro jogador da história da NFL a ter mais de 100 jardas em cada um dos três jogos de Playoffs que disputou. Já Watt terminou a partida com um sack e bloqueou dois passes de Andy Dalton – sem falar nas diversas oportunidades em que comandou a defesa...




Mas o Houston teve sérias dificuldades em penetrar na End Zone de Cincinnati – tanto é, que nos primeiros dois Quartos, apesar da maior posse de bola e grande número de drives, só conseguiu pontuar através de FG’s – três no total (contra 01 TD dos Bengals); deixando o placar no intervalo em 09 x 07.

Foi só na segunda etapa em que os Texans marcaram seu único TD, que somado a mais um FG no último Quarto, deram números finais ao placar: 19 x 13.

Schaub, que não pôde disputar os playoffs no ano passado, pois havia sofrido uma lesão no pé; desta vez não escapou de uma interceptação retornada para TD pelo excelente CB Leon Hall. Em entrevista após a partida, o QB dos Texans deixou claro as dificuldades enfrentadas:

Não foi um jogo fácil. Cincinnati é uma grande equipe. Eu sofri um turnover e isso lhes rendeu muitos pontos. Nós tivemos que nos esforçar muito para conquistar a vitória – e foi isso que fizemos”.




Johnathan Joseph, CB draftado pelos Bengals em 2006 e que desde 2011 joga pelos Texans, foi o carrasco de sua ex-equipe, ao interceptar um passe de Dalton para A.J. Green no final do 3º Quarto – que acabou rendendo mais um FG de 24 Jardas chutado por Graham; e sepultou as nossas chances de vitória nos playoffs...

De novo...

A última vitória de Cincinnati na pós-temporada aconteceu em 1991 – sendo hoje, a maior “fila” dentre todos os times da NFL!

J.J. Watt declarou após a partida:

Eu penso que nossos esforços defensivos foram decisivos. Nós estávamos voando em campo e forçamos muitos erros em terceiras descidas de nossos adversários”.

De fato, os Texans vinham sofrendo para deter seus oponentes em conversões de terceira descida. Mas desta vez, o Houston não permitiu que os Bengals convertessem uma única terceira descida (em nove tentativas). Com isso, se recuperaram de uma péssima seqüência (foram 03 derrotas nos últimos 04 jogos), que lhe custou a primeira posição na AFC e uma folga na rodada de Wild Card.

Foster deixou claro como as coisas mudam rapidamente:

Hoje corremos bem com a bola e jogamos muito bem na defesa. Para nossa sorte, leva apenas uma semana para virar o jogo na NFL – e hoje nós fizemos isso”.




Os Bengals não fizeram quase nada ofensivamente no primeiro tempo. Foram 250 Jardas para Houston contra 53 Jardas de Cincinnati. E Andy Dalton completou 04 de 10 passes tentados, conquistando expressivas 03 Jardas!

Já Houston acumulou 351 Jardas e manteve a posse da bola por 32 minutos nos primeiros três Quartos – mas só entrou na End Zone de Cincinnati uma vez.

No 3º Quarto, Dalton acertou um passe de 45 Jardas para A.J. Green, possibilitando à Josh Brown acertar um FG de 34 Jardas. Mas ao tentar repetir essa jogada, Joseph interceptou a bola e garantiu um último FG para Houston.




Nos playoffs do ano passado, jogando no mesmo Reliant Stadium, os Texans derrotaram os Bengals por 31 x 10, com Dalton sofrendo três interceptações. A principal diferença em relação àquela partida foi a presença de Schaub no lugar do então novato T.J. Yates – que conseguiu vencer o jogo mas não pôde levar sua equipe mais longe na competição...

Mas não pensem que a presença do QB titular garantiu uma grande apresentação da equipe texana. Muito pelo contrário! A equipe comandava as ações, avançando por todo o campo – principalmente através da boa atuação do RB Arian Foster; mas ao se aproximar da Red Zone, a defesa dos Bengals brecava o avanço, e o time da casa tinha de se contentar com FG’s.

Isto irritou a torcida, que em alguns momentos, vaiou o time!




Para piorar, Schaub fez a única coisa que não podia: deixou que a defesa de Cincinnati roubasse a bola. Assim como aconteceu no fatídico jogo contra Pittsburgh, Leon Hall antecipou-se ao FB James Casey, e recebeu um “passe”, retornando por 21 jardas para anotar o único touchdown dos Bengals!

Foi o quarto TD da defesa nos últimos quatro jogos! E este foi a primeira interceptação retornada para TD sofrido pelo Houston nesta temporada...

Mas não foi o suficiente... e nosso sonho de chegar ao Superbowl termina de forma abrupta e melancólica, marcada por uma atuação muito abaixo da apresentada na temporada regular...

Sei que Cincinnati vêm passando por uma reestruturação e amadurecimento, que costuma levar de 03 a 05 anos para render frutos. Em 2011, tínhamos um ataque forte (mas inexperiente) e uma defesa fraca. Em 2012, conseguimos uma defesa forte e um ataque mais experiente. Quem sabe, em 2013, reforçando um pouco mais a defesa e o ataque, estaremos no mesmo nível das melhores equipes da NFL?




Creio que estamos no caminho certo... e em muito pouco tempo, seremos respeitados como os grandes...

Mas é preciso reforçar a equipe, pois no nível do futebol americano de hoje, não é possível almejar grandes conquistas SÓ com “um bom time”. Um bom time nós já temos! Precisamos agora de um time “excelente”!

Vou ficar de olho nas notícias desta “entressafra”, e sempre que possível, manterei o blog atualizado, informando em português tudo o que vêm acontecendo com nosso querido Tigre de Bengala!

Desejo boa sorte às equipes classificadas para as fases seguintes (Baltimore Ravens, Denver Broncos, Houston Texans, New England Patriots, Seattle Seahawks, Atlanta Falcons, Green Bay Packers e San Francisco 49ers); e espero que os próximos jogos sejam batalhas épicas e memoráveis – garantindo à perpetuação da NFL como uma das ligas esportivas mais incríveis do mundo!

Também espero que o tempo voe... e que o mês de setembro chegue depressa, para novamente estarmos aqui, comentando jogo a jogo, a longa jornada dos Bengals em busca de seu maior tesouro...

O Um Anel...



sábado, 5 de janeiro de 2013

Pré-Jogo – Rodada Wild Card – Texans x Bengals




Passada a euforia da classificação para os Playoffs pelo segundo ano consecutivo, é hora de analisarmos a partida de hoje, dia 05 de Janeiro de 2013, às 19:30 horas (horário de Brasília), com transmissão para todo o Brasil pela ESPN.

No ano passado, os Bengals surpreenderam à todos, com uma equipe renovada, bastante instável na defesa, mas com um ataque explosivo, baseado na força de uma dupla de novatos (Andy Dalton e A.J. Green), que conquistou 09 vitórias e 07 derrotas, classificando-se para a pós-temporada (mesmo em terceiro lugar na AFC North).

Curiosamente, enfrentamos o mesmo Houston Texans, fora de casa, no dia 07 de Janeiro de 2012 – portanto sábado; e no mesmo horário!

Mas se você torce para os Bengals, também deve sentir arrepios ao lembrar da facilidade com que o RB Arian Foster literalmente atropelou nossa linha defensiva...

No final, o placar de 31 x 10 para a equipe texana mostrou-se justo, e expôs a fragilidade do time de Cincinnati – que além de não proteger adequadamente seu QB novato, sofria com uma linha defensiva confusa e um jogo terrestre muito fraco.

Ainda bem que Mike Brown (presidente do clube) assistiu à partida, pois deve ter percebido que seus dois “diamantes brutos” precisavam de maior proteção para se desenvolver. Por isso, no Draft 2012, os Bengals buscaram bons defensores. E no mercado de Free Agents, conseguiram contratar o experiente e talentoso BenJarvus Green-Ellis, vindo do “todo poderoso” New England Patriots (o que nos possibilitou um jogo terrestre excelente).

Apesar do começo instável (03 vitórias e 05 derrotas – muitas delas para adversários inferiores tecnicamente), o time “se encaixou”, focando na defesa e em jogadas rápidas de ataque, que nos renderam sete vitórias em oito jogos.

Este retrospecto excelente é idêntico ao da campanha de 1981, que nos levou ao Superbowl XVI, onde enfrentamos o San Francisco 49ers de Joe Montana e perdemos por 26 x 21 (ou seja: por apenas uma posse de bola)!

E já que estamos falando de história, não custa lembrar que a última vitória dos Bengals na pós-temporada aconteceu em 06 de Janeiro de 1991, contra outra equipe de Houston: os Oilers (atual Tennessee Titans), jogando no velho Riverfront Stadium. Naquela oportunidade, vencemos fácil por 41 x 14!

Em entrevista ao Cincinnati Enquirer esta semana, o treinador Marvin Lewis deixou claro que os Bengals não querem apenas “chegar” à pós-temporada:

Eu penso que nossos garotos já perceberam o que representa para o time e para a torcida chegar aos playoffs. Mas o nosso foco, desde o início do campeonato, não era simplesmente estar na pós-temporada. Nós queremos ganhar o campeonato. E estamos trabalhando para isso.”

Esta é a terceira vez na história dos Bengals que a equipe disputará uma rodada de Wild Card. Além de 2012 e 2011, estivemos nesta fase em 1975 – último ano em que o lendário Paul Brown treinou o time de Cincinnati. E se considerarmos as últimas quatro temporadas (2009-2012), apenas sete equipes disputaram por três vezes os playoffs: Bengals, Falcons, Ravens, Packers, Colts, Patriots e Saints.

Nada mal, para uma equipe “pequena”, não?

Nossos adversários de hoje foram fundados em 2002, durante a última expansão da NFL. Ao longo da história, foram sete jogos válidos (contando apenas a temporada regular e os playoffs) entre as duas equipes. E existe muito equilíbrio no confronto: são 04 vitórias para Houston contra 03 vitórias de Cincinnati. Mas se consideramos apenas confrontos da temporada regular, são três vitórias para cada lado.

O Houston fez uma excelente campanha: 12 vitórias e 04 derrotas; que lhe rendeu o título da AFC South e a terceira posição na Conferência Americana (virtualmente empatados com o New England Patriots, mas perdendo nos critérios de desempate). Seu ataque conta com um trio poderoso – QB Matt Schaub, RB Arian Foster e WR Andre Johnson – que lhe rendeu a 7ª colocação no ranking da NFL; e a defesa é a 17ª melhor da temporada regular da competição. Isto mostra o quanto a equipe é talentosa e perigosa.

Mas não é imbatível!

Apesar de terem apenas 04 derrotas na temporada regular – foram quatro derrotas “de lavada” (na Semana 06, perderam em casa para os Packers por 24 x 42; na Semana 14, foram até Foxboro e perderam por 42 x 14 para os Patriots; e nas últimas duas semanas, perdeu para os Vikings, em casa, por 06 x 23; e para os Colts, fora, por 28 x 16).

Isso mostra que o “momento” dos Bengals é melhor!

Além disso, o lado direito da linha ofensiva do Houston já se mostrou como o “calcanhar de Aquiles” da proteção ao QB Matt Schaub; que não consegue atuar bem sob pressão. Ou seja: um prato cheio para a defesa que impôs 51 sacks durante a temporada!

Nossa grande preocupação para o jogo de hoje vêm do departamento médico. Os Safetys titulares Chris Crocker e Taylor Mays treinaram parcialmente na terça e na quarta-feira. O CB titular Terence Newman treinou normalmente nesta quinta-feira e parece recuperado, assim como o RE Wallace Gilberry (que não havia treinado na quarta). O CB Leon Hall, um dos destaques dos últimos jogos, treinou parcialmente nesta quinta-feira – mas não fora confirmada nenhuma lesão.

Já BenJarvus Green-Ellis, que sofreu uma lesão no tendão antes da partida contra os Ravens, vem treinando em separado do grupo, para fortalecer os músculos e jogar o que sabe contra os Texans. Sua recuperação é essencial, pois nas últimas duas semanas, as nossas vitórias contra Pittsburgh e Baltimore podem ser creditadas à defesa (já que o ataque caiu muito de produção com a ausência do Running Back líder das estatísticas).

Se Andy Dalton puder contar com seus titulares em boa forma; e a defesa continuar sufocando os adversários como nas últimas quatro semanas; creio que Cincinnati irá superar a boa equipe dos Texans – confirmando sua fama de “visitante indigesto” (foram 06 vitórias e 02 derrotas fora de casa); e carimbando nossa passagem para o Colorado, para encarar Peyton Manning e o Denver Broncos na próxima semana!

Ah, maldito relógio que se arrasta, viu?

Haja coração, amigo!

Enquanto aguardamos, segue alguns comparativos entre as duas equipes:

(clique na imagem para ampliá-la)













quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Temporada 2012 – Jogo 16 – Bengals 23 x 17 Ravens



Hoje,
É um novo dia...
De um novo tempo...
Que começou...
Nestes novos dias...
As alegrias...
Serão de todos...
É só querer!
Todos os nossos sonhos, serão verdade...
O futuro... já começou!
Hoje a festa é sua...
Hoje a festa é nossa...
É de quem quiser...
Quem vier...

Fim de ano! Época maravilhosa!

Garrafas de champanhe espocando por todos os lados... Fogos de artifício rasgando os céus... Milhões de pessoas vestindo branco, sorrindo e dançando, com brilho nos olhos, celebrando a vida, com esperança em dias melhores que virão neste ano que se inicia...



Fim de ano... Época lamentável...

Praias lotadas e imundas... Congestionamentos monstruosos... Noites mal dormidas... Calor infernal... Pernilongos revezando-se para sugar nosso sangue... Ressacas sucessivas... Funk, Axé, Pagode e Sertanejo, em decibéis inaudíveis por seres humanos normais...




 


Tudo depende do ponto de vista!

E na NFL, não é diferente... 2012 foi um ano maravilhoso para 12 equipes – e lamentável para outras 20!

Para a torcida dos Bengals, pelo menos, 2012 vai deixar muitas saudades...

Como esquecer as vitórias sobre os Browns (34 x 27 em casa); Redskins (31 x 38 fora); Jaguars (10 x 27 fora); Chiefs (06 x 28 fora); Raiders (34 x 10 em casa); Chargers (13 x 20 fora); Eagles (13 x 34 fora); e principalmente sobre os Giants (31 x 13 em casa) e Steelers (10 x 13 fora)?

Também não dá para esquecer algumas derrotas dolorosas, como a estréia desastrosa em Baltimore (44 x 13); perder em casa para os Dolphins (13 x 17) e para os Steelers (17 x 24); perder para seu maior rival – Cleveland Browns (34 x 24 fora); perder por 01 ponto para o Dallas Cowboys (19 x 20 em casa); e aquela virada espetacular, comandada por Peyton Manning no último Quarto, também em Cincinnati, culminando na derrota para o Denver Broncos...

Mas, parafraseando outro personagem típico do fim de ano: “Se chorei ou se sorri... o importante é que dos Ravens eu venci!






Neste domingo, carimbamos a faixa do campeão da AFC North, ao derrotá-los em nossa casa, pelo placar de 23 x 17, na última rodada da temporada regular de 2012. Mas a vitória valeu pouca coisa, pois as duas equipes já estavam classificadas para a pós-temporada; e mesmo com a vitória, os Bengals não teriam chances de almejar uma posição melhor do que o sexto lugar na AFC.

Não importa!

Uma vitória sobre um grande rival é sempre gostosa!

Mesmo num jogo recheado de jogadores reservas, com cara de pré-temporada...

Andrew Whitworth, um dos poupados do segundo tempo da partida, declarou à imprensa:

É claro que foi um jogo diferente... É uma situação em que ambas as equipes estão nos playoffs, e por isso, têm de pensar lá na frente, jogando com inteligência, para poupar energia e não sofrer nenhuma lesão”.




O Safety Chris Crocker deu um grande susto à torcida dos Bengals, pois machucou sua coxa direita ao tentar um tackle, ainda no 1º Quarto, e não voltou para a partida. Mas os médicos garantem que a lesão não foi grave...




Depois do susto, os titulares de Cincinnati adotaram uma postura “conservadora” em campo. A título de exemplo, Andy Dalton só passou duas bolas para A.J. Green, mantendo nosso recebedor eleito para o Pro Bowl fora de perigo. E os craques nem sequer voltaram a campo no segundo tempo – cedendo seus lugares para os nossos “reservas” e “reservas dos reservas”. Foi a chance de Bruce Gradkowski, Brian Leonard, Cedric Peerman, Marvin Jones e Vontaze Burfict mostrarem “serviço” ao treinador Marvin Lewis...

E fizeram bonito!

Bruce Gradkowski acertou 05 dos 11 passes tentados, conquistando 65 jardas, sem nenhum passe para TD ou interceptação. Ou seja: se não foi brilhante, pelo menos não comprometeu o trabalho!

Outro “reserva” decisivo, Josh Brown, continua com um excelente percentual de aproveitamento de seus chutes. Ele acertou três FG's (47, 32 e 38 jardas); e depois desta partida, o Kicker que entrou no lugar de Mike Nuggent, já acertou 11 dos 12 chutes tentados – e a única falha, perfeitamente escusável, foi o chute de 56 jardas em Pittsburgh...




Mas quem roubou a cena foi Carlos Dunlap!

O carismático grandalhão, Defense End camisa nº 96 de Cincinnati, conseguiu sua primeira interceptação na carreira (esta é a sua terceira temporada, desde que fora draftado pelos Bengals em 2010), e retornou 14 jardas para touchdown, faltando pouco mais de seis minutos para terminar o jogo. O estádio explodiu numa grande festa – e o próprio Dunlap quis participar! Ele saltou para o meio da galera e sentou-se por alguns segundos nas arquibancadas...




Em entrevista à TV, Carlos (ainda sorridente) disse:

Eu queria que este fosse um momento inesquecível!




Bem, não deve ter sido fácil para Dunlap encontrar um assento vago nas arquibancadas do Paul Brown Stadium, já que 61.565 torcedores compareceram à última partida do time em sua casa. Esta foi só a segunda vez (dos oito jogos em casa) em que houve lotação máxima do estádio! E independentemente do que ocorra na pós-temporada, os Bengals não voltam a jogar em Cincinnati, pois na 6ª colocação da AFC, não terá “mando de campo” contra nenhum dos outros cinco times classificados para a pós-temporada...

Os Bengals pretendiam usar o “amistoso de luxo” para aprimorar seu jogo terrestre. Mas BenJarvus Green-Ellis machucou seu tendão do pé, ainda no aquecimento, e não entrou em campo contra os Ravens. Os médicos ainda não se pronunciaram sobre seu estado de saúde nesta fase decisiva...




Do outro lado, os Corvos Púrpura também decidiram não arriscar lesões, e pouparam seus principais atletas, tais como Anquan Boldin, Haloti Ngata, Terrell Suggs, Joe Flacco e Ray Rice; já pensando no confronto de domingo, às 16:00 horas (horário de Brasília), contra o Indianapolis Colts (em Baltimore). A partida também marca o reencontro de Chuck Pagano (coordenador defensivo dos Colts) com seu ex-time. Ed Reed, Safety dos Ravens, declarou:

Chuck é como um pai para mim. Ele significa muito para todos nós. Eu preferiria enfrentá-lo na final da AFC – e não na primeira rodada dos playoffs”.




Tyrod Taylor, QB reserva dos Ravens, só havia entrado em campo em dois jogos nesta temporada (jogou contra os Bengals, na primeira semana, acertando 02 dos 03 passes tentados; e contra os Raiders, na décima semana, tentando um único passe – sem acertá-lo). Mas como Joe Flacco jogou pouco (acertou 04 de 08 passes, conquistando 34 jardas, sem nenhum passe para TD ou interceptação), Taylor finalmente pôde jogar uma partida “quase” inteira.

E seus números não foram ruins: ele acertou 15 dos 25 passes tentados, conquistando 149 jardas, com apenas 01 Interceptação. E também foi bem correndo com a bola – ele correu nove vezes, garantindo 65 jardas (sendo o segundo melhor corredor de Baltimore).




Justin Tucker, Kicker novato dos Ravens, errou um FG de 45 jardas, no último Quarto do jogo.  É claro que isto custou a sexta derrota de seu time. Mesmo assim, o calouro estabeleceu um novo recorde entre os primeiro-anistas, ao acertar 30 dos 33 FG's tentados ao longo da temporada (num aproveitamento de 90,9%)!




Mas pela segunda semana consecutiva, a linha defensiva dos Bengals garantiu a vitória!

Na semana passada, em Pittsburgh, o CB Leon Hall interceptou o passe de Big Ben e retornou para TD, calando o Heinz Field e garantindo nossa classificação (e a eliminação dos Steelers). Nesta semana, como dissemos, foi Carlos Dunlap, numa jogada parecida, quem matou o jogo! Além disso, a defesa conquistou mais quatro sacks, totalizando 51 em toda a temporada – novo recorde histórico da equipe!

Segundo o falastrão Whitworth, os Bengals estão finalmente encontrando o seu caminho:

Eu acho que nós encontramos uma maneira de vencer os jogos. Era isso que faltava. Nós somos uma equipe jovem. Por sorte, esta equipe jovem aprendeu a vencer jogos!

Marvin Lewis, menos carrancudo do que de costume, parece concordar com Whitworth:

Eu estou feliz que a temporada tenha acabado. Nós tivemos muitos momentos difíceis, mas penso que os garotos reagiram bem sob pressão. Todos fizemos o nosso melhor”.




De fato, não podemos reclamar desta campanha – afinal, foram 10 vitórias e apenas 06 derrotas; culminando com duas vitórias consecutivas contra seus dois principais rivais na divisão – Steelers e Ravens! Quase todos os “especialistas” apostavam no péssimo retrospecto de Cincinnati contra estes dois oponentes (foram seis derrotas nos últimos dois anos) para cravar a classificação de Pittsburgh para os playoffs – mas agora terão de aplaudir o QB Ruivo e sua turma!

No próximo sábado, dia 05 de Janeiro de 2013, os Bengals viajam para encarar o Houston Texans, no Reliant Stadium, às 19:30 horas (horário de Brasília) – numa revanche do duelo de Wild Card da temporada 2011 (curiosamente na mesma “bat-hora” e no mesmo “bat-local”).




Não será um jogo fácil... e ao longo da semana, pretendo preparar um “pré-jogo” especial, analisando todos os números deste confronto... Mas acredito que Cincinnati possa conquistar uma boa vitória, mesmo jogando fora de casa, e afastar mais este “fantasma” (“não vencer jogos da pós-temporada”); pois dentre todos os times classificados, vejo maior equilíbrio de elencos entre estes dois times do que haveria contra qualquer outro oponente...

E como todos sabem: num duelo equilibrado, tudo pode acontecer!

Nesta última rodada, tivemos também o confronto entre os eliminados Steelers x Browns. Como era de se esperar, Pittsburgh atropelou a equipe de Cleveland, com um placar de 24 x 10. Com isso, veja a classificação final da AFC North nesta temporada de 2012:


Equipes:
Baltimore Ravens
Cincinnati Bengals
Pittsburgh Steelers
Cleveland Browns
Vitórias:
10
10
08
05
Empates:
00
00
00
00
Derrotas:
06
06
08
11
% Vitórias:
0.625
0.625
0.500
0.313
Pontos Marcados:
398
391
336
202
Pontos Sofridos:
344
320
314
368
Saldo de Pontos:
54
71
22
-66
Touchdown’s:
44
43
36
31
Em Casa:
6-2
4-4
5-3
4-4
Fora:
4-4
6-2
3-5
1-7
Na AFCN:
4-2
3-3
3-3
2-4
% Vitórias:
0.667
0.500
0.500
0.333
Na AFC:
8-4
7-5
5-7
5-7
% Vitórias:
0.667
0.583
0.417
0.417
Fora da AFC:
2-2
3-1
3-1
0-4
Seqüência:
01 Derrota
03 Vitórias
01 Vitória
03 Derrotas
Últimos 05:
1-4
4-1
2-3
2-3
Classif. AFCN:
Classif. AFC:
13º
Classif. NFL:
11º
16º
27º


(E para começarmos a análise de nosso próximo adversário, vamos prestar bastante atenção à principal arma deles - a beleza estonteante das cheerleaders, que roubam a atenção dos adversários, enfeitiçando-os, e garantindo boas vitórias para a equipe texana...)