sábado, 20 de julho de 2013

Curiosidade: Cincinnati é o berço da Batata Pringles!!!

A expectativa cresce a cada dia... pois a temporada 2013 está chegando!

Mas enquanto ela não vem, veja outra incrível colaboração de nossa amada cidade de Cincinnati para o mundo! Vou transcrever, in verbis, o texto da jornalista Cecília Selbach para a revista Superinteressante (edição de novembro de 2008):



Em 1966, a empresa americana Procter & Gamble inventou um novo tipo de batata chips. Diferentemente das outras disponíveis no mercado, ela não era apenas fatiada, frita e salgada. Era uma espécie de purê temperado e moldado, batizado de Pringles – o nome, escolhido pela sonoridade, saiu de uma lista telefônica do estado de Ohio.

O formato também era único, do tipo parabolóide hiperbólico. Traduzindo: uma batata irregular e côncava, sem nenhuma linha reta em sua superfície. Esse design inovador causava um problema: como embalar o produto sem que ele se quebrasse inteiro no transporte?

Essa era uma missão para Fredric J. Baur, químico orgânico da Universidade de Ohio que trabalhava na Procter & Gamble como técnico em armazenamento de alimentos. Inspirado nas latas de alumínio usadas para refrigerantes, Baur criou um tubo de alumínio revestido com uma folha de papelão – desde o início vermelha, com tampa plástica e um bigodudo no rótulo. Ali, as Pringles seriam bem conservadas e bem empilhadas.

Foi algo totalmente inédito nas prateleiras dos supermercados. Tanto que, no início, a lata de Pringles não pegou. As pessoas achavam esquisito que todas as batatas fossem iguais, do mesmo tamanho, e armazenadas em uma lata que mais parecia uma embalagem de bolas de tênis. A batata era ridicularizada pelas concorrentes em anúncios e o The Potato Chip Institute International, representante dos produtores tradicionais, quis proibir a veiculação do salgado como batata chip.

Com tanta resistência, só na metade da década de 1970 a marca começou a ser vendida em todos os EUA, tornando-se um ícone tão forte quanto o a garrafa de Coca-Cola.

Fredric se aposentou em 1980, mas continuou trabalhando, dando palestras, editando livros, escrevendo artigos, sem nunca deixar de mencionar sua lata. Sua filha Linda disse a um jornal de Cincinnati, cidade natal do inventor, que a embalagem “era a sua maior realização”.

O orgulho que tinha de sua criação era tão grande que ele pediu para ser enterrado dentro de uma daquelas latas. Quando morreu, em maio deste ano, aos 89 anos, vítima de Alzheimer, seus filhos não tiveram dúvida: no caminho para o funeral, pararam em uma farmácia para comprar uma Pringles. Optaram pela clássica lata do sabor original. Parte de suas cinzas foi colocada na lata e enterrada junto à urna funerária.

Assim, Fred Baur inventou uma nova maneira de usar a lata, que já era utilizada por muita gente como cofrinho, casa para pássaros, instrumento de percussão e até antena para captar melhor sinal de internet.

Grandes momentos:

• Além da lata de Pringles, Fredric Baur criou outros produtos para a Procter & Gamble, como óleos para fritura e uma mistura para sorvete. Fred tinha muito orgulho dessa mistura, mas ela não foi bem recebida e foi tirada de circulação.

• Em 2003 a concorrência pôs suas batatinhas em um tubo vertical vermelho, mas de plástico. Apesar dos processos da Pringles, que acusou a empresa de plágio, a batata ainda está em circulação.

• Pringles é um dos itens mais comuns nos pacotes que as famílias dos soldados no Iraque costumam mandar para que eles possam matar saudades dos EUA.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Offseason 2013 - O que é Melhor: Talento ou Confiança?



Se você acompanha a NFL, certamente já está sabendo que o Tight End Aaron Hernandez, do New England Patriots, foi preso na manhã do dia 26 de Junho de 2013, acusado de envolvimento na morte de Odin Lloyd (namorado da irmã de Hernandez). Com a prisão, o jogador teve seu contrato de US$ 40 milhões rescindido...

Até o final do ano passado, muitos acreditavam que o New England Patriots havia “tirado a sorte grande” no Draft de 2010, quando escolheram Aaron Hernandez na quarta rodada – sendo que a imprensa especializada dava como certa sua escolha na primeira (ou mais tardar na segunda) rodada daquele ano.

Mas muitas equipes evitaram o talentoso Tight End, depois que o atleta não passou no teste antidoping; e ouviram rumores de que ele andava com “a turma errada”!

Em entrevista para a Fox Sports Ohio, Mike Brown (proprietário dos Bengals) reconheceu que a equipe de Cincinnati foi um desses times...


Não é segredo que os Bengals procuravam um TE talentoso naquela época e, mesmo assim, evitamos sua escolha. Não se trata de questionar sua capacidade atlética, mas optamos por (Jermaine) Gresham”.


Mike Brown também revelou que o nome de Rob Gronkowski (outro TE draftado pelos Patriots em 2010) também foi riscado do projeto “porque ele tinha um problema nas costas”, ainda nos tempos da Universidade do Arizona. Não custa lembrar que Gronk passou recentemente por uma cirurgia complicada e deve perder boa parte da temporada 2013...


Mas talvez o mais interessante nesta entrevista foi o fato de que as equipes da NFL começam a “evitar problemas”; ainda que tenham que dispensar talentos neste processo!

Na época do lendário Paul Brown (cuja única “mácula” na carreira fora a fundação do Cleveland Browns), os Bengals adotavam esta “política de bons moços”; contratando apenas jogadores responsáveis em detrimento de grandes atletas “bad boys”.


Mas quando Mike assumiu o lugar do pai, decidiu fazer “do seu jeito” – e encheu o elenco de jogadores talentosos mas problemáticos, com extensas fichas criminais (como Chris Henry, Cedric Benson e Tank Johnson). Só para se ter uma idéia, num período de 17 meses (entre dezembro de 2005 e junho de 2007), 10 jogadores dos Bengals totalizaram 17 prisões!

Curiosamente, quando o nome de Aaron Hernandez passou a ser ventilado pelos corredores do Paul Brown Stadium; Mike Brown estava decidido a voltar à “velha fórmula” de trazer “bons meninos”. Essa mudança de estratégia coincidiu com a recente ascensão das “redes sociais” e do “marketing esportivo” – que não combinam com páginas policiais...

O lado ruim desta medida é que nem sempre o julgamento mostra-se correto!


Cris Carter, o recebedor eleito para o Hall da Fama este ano, declarou em entrevista à ESPN que Mike Brown decidiu não draftá-lo porque estava preocupado com possíveis problemas extra campo.

Ao sair da faculdade de Ohio State, meu nome estava na seleção dos melhores do país. Alguns anos depois, Mike Brown me disse que se arrependeu de não ter me escolhido, pois eu era um talento local, e ele me dispensou com base nos boatos da época do colégio”.

Carter foi um grande jogador universitário na Ohio State, mas seu envolvimento com drogas impediu que fosse contratado antes da última temporada universitária possível. Os Eagles draftaram-no na quarta rodada do Draft de 1987 (uma posição muito ruim, considerando seu talento; mas de grande risco, se considerarmos os seus problemas extra campo). Ele permaneceu na Filadélfia por três temporadas e, apesar dos bons resultados, sua personalidade complicada foram decisivas para sua dispensa.

No fim das contas, Carter livrou-se das drogas e dos problemas de relacionamento, e tornou-se um dos melhores recebedores da história da NFL, vestindo a camisa do Minnesota Vikings. Mas isso só aconteceu depois de ser dispensado pela primeira equipe que abriu as portas da liga profissional.

No fim das contas, a decisão de Mike Brown mostrou-se acertada... tanto no caso da dupla de TE dos Patriots, quanto na dispensa do WR talentoso de Ohio...


Não é de hoje que as equipes da NFL estão descobrindo que uma publicidade negativa não compensa o desempenho em campo... mas é uma pena, pois o que seria do esporte, se não fossem atletas como Chad Ochocinco e tantos outros “bad boys”?



quarta-feira, 3 de julho de 2013

Offseason 2013 - Hard Knocks!


  • ALÔ, HABITANTES DESTA NAVE LOUCA!!! SALVE NOSSOS HERÓIS DE CAPACETE!!!CADÊ A TORCIDA DOS BENGALS??? E A TORCIDA DOS STEELERS??? HOJE O PAREDÃO TERÁ UM DUELO DE GIGANTES DA AFC NORTH!!! MAS ANTES DE ANUNCIAR A ELIMINAÇÃO DESTE DOMINGO, VAMOS DAR MAIS UMA ESPIADINHA???

HARD KNOCKS é uma série produzida em parceria entre a NFL Films e o canal HBO, exibida pela primeira vez em 2001. É uma espécie de “reality show”, onde as equipes de televisão acompanham o dia a dia de uma das equipes da NFL durante a offseason e a pré-temporada (mostrando seus treinamentos e a preparação para a próxima temporada); além de exibir a vida pessoal de jogadores, treinadores e funcionários; mostrando suas relações familiares, as batalhas por posição na equipe titular e até as brincadeiras e piadas de vestiário. Seu foco, obviamente, são os novatos recém-draftados e os jogadores contratados durante o período de Free Agency – exibindo as dificuldades de adaptação e a formação de um novo elenco.

A série é apresentada por Liev Schreiber (mais conhecido por sua atuação como o vilão “Dente de Sabre” no filme “X-Men Origins: Wolverine”) desde 2001; e foi o primeiro “reality show” baseado na rotina de uma equipe esportiva profissional da história da TV norte-americana.


Em sua temporada de estréia (em 2001), o Hard Knocks acompanhou a preparação do Baltimore Ravens - que no ano de 2000, havia conquistado seu primeiro título do Superbowl (em cima do NY Giants, pelo placar de 34 x 07, em Tampa Bay, na Flórida) e lutava pelo bi-campeonato (algo que só aconteceu na última temporada).

Em 2002, a série acompanhou o Dallas Cowboys. Após um hiato de cinco anos, a série voltou em 2007, acompanhando o Kansas City Chiefs. Em 2008, eles voltaram a seguir a equipe texana.

Mas foi em 2009 que o Hard Knocks optou por alçar vôos maiores... e desembarcou em Cincinnati!

Brincadeiras a parte, na temporada em que a série acompanhou os Bengals, sua audiência bateu recordes e ainda ganhou dois prêmios Emmy (o “Oscar” da TV). Entre os seus destaques, havia a intensa batalha pela posição de Fullback (entre Jeremi Johnson, Chris Pressley, Fui Vakapuna e J.D. Runnels); o tratamento das lesões dos TE Reggie Kelly e Ben Utecht; a tensa negociação para a assinatura de contrato com o OT Andre Smith (draftado na primeira rodada do Draft 2009); a recuperação do QB Carson Palmer (lesionado em 2008); e claro: as palhaçadas do WR Chad Ochocinco! Foi um sucesso estrondoso!

Nos anos seguintes, o programa passou pelo NY Jets (2010) e Miami Dolphins (2012) – lembrando que em 2011, graças à greve que prejudicou toda a preparação das equipes, não houve a gravação do programa.

Apesar do sucesso, muitos treinadores acreditam que esta “super exposição”, no início da temporada, acaba prejudicando os trabalhos. Por esta razão, equipes como o San Francisco 49ers, Atlanta Falcons, Seattle Seahawks, Houston Texans e Washington Redskins já recusaram o convite para participarem...

Segundo o reporter do Cincinnati Enquirer (o nosso velho conhecido Joe Reedy); os Bengals voltarão ao programa agora, na temporada 2013. E a torcida está dividida: alguns acreditam que a participação na série pode ser boa, pois atrai a atenção de toda a América para a nossa equipe; mas outros pensam que esta super exposição possa prejudicar o foco do time...

Em 2009 a equipe não foi prejudicada... Muito pelo contrário!

Foram 10 vitórias na temporada regular (sendo 06 delas contra seus rivais de divisão [Steelers, Ravens e Browns]; e outras quatro contra adversários complicados, como Green Bay, Chicago, Detroit e Kansas City); que lhe renderam o último título da AFC North e a vaga nos playoffs. Mas para variar, perdemos na rodada de Wild Card, em casa, para o NY Jets por 14 x 24...

Mas não seria justo comparar a equipe de 2009 com o time de 2013...

Em 2009, ninguém apostava um dólar furado nos Bengals (pois na temporada anterior, foram apenas quatro vitórias e onze derrotas). Já o time de 2013 está preparado para se afirmar entre os grandes (após duas participações em playoffs consecutivas e um elenco promissor em franco desenvolvimento). Mas será que estão preparados para encarar a mídia?


A verdade é que o elenco dos Bengals é talentoso e vem amadurecendo rápido nestes últimos dois anos (desde a chegada de Andy Dalton e A.J. Green). Mas por outro lado, a equipe não fez bons jogos quando disputou partidas decisivas, onde a atenção de toda a América (e a do mundo, por tabela) estava voltada para eles (a honrosa exceção foi a inesquecível vitória em Pittsburgh...).

Será que treinar, em frente às câmeras do “Hard Knocks”, mudaria essa “timidez”?

Talvez seja esse o objetivo da Diretoria, quando aceitou o convite da HBO... Afinal, os jogadores tendem a se esforçar mais, seja nos treinos ou nos jogos, quando sabem que estão sendo observados por um grande público. E convenhamos: os Bengals são a equipe perfeita para o “Hard Knocks!

Todos nós estamos ansiosos para acompanhar o desenvolvimento de Andy Dalton, já que nesta terceira temporada como profissional, é a “hora” do ruivo dizer se será um grande QB (ou não!).

Existe também a tensa negociação contratual com Geno Atkins, Carlos Dunlap e Michael Johnson.

E haverá batalhas por posição também! Será que Rey Maualuga recuparará seu status? E se Vontaze Burfict herdar a posição de Linebacker? E os novatos Tyler Eifert e Giovani Bernard? Será que conseguirão um lugar entre os titulares? Sem falar em Shawn Williams...

Não podemos nos esquecer dos curiosos casos de Andre Smith (que até agora não participou de nenhuma atividade da Offseason por “motivos pessoais”); Adam Jones (que para variar, está com problemas na justiça); e James Harrison (outrora uma das maiores estrelas de nosso grande rival, e que agora “virou a casaca”).

Como torcedor, confesso que estou ansioso para assistir aos episódios! Mas tenho minhas dúvidas sobre quais serão os impactos desta participação no programa, em um momento delicado de transição entre o posto de coadjuvante para um dos favoritos ao título da NFL...

Por fim, não podemos nos esquecer que a tabela desse ano está muito complicada... e qualquer distração, nesta fase crítica de preparação, pode ser fatal às nossas pretensões nada modestas!


E você, torcedor dos Bengals? Está interessado em “dar uma espiadinha?